Corte no tempo cinematográfico


Quando o cinema se desfaz em fotograma. O título é da exposição que o artista visual e fotógrafo cearense Solon Ribeiro abre nesta terça-feira (20), no Centro Cultural Banco do Nordeste. A mostra faz parte de uma pesquisa que o artista vem desenvolvendo em torno da coleção de fotogramas de cinema (das décadas de 1920 e 1960).

Nesse trabalho, os fotogramas - imagens impressas quimicamente responsáveis por produzir a ilusão de movimento do cinema - são deslocados de sua função habitual. O artista, que tem formação na Escola de Arte Decorativa de Paris, retira desses fotogramas a simbologia da representação para que sejam apenas imagem, possibilitando novos impactos visuais.

O artista e pesquisador André Parente explica, no material de apresentação da exposição, que Solon Ribeiro tem em sua obra uma problematização do fenômeno contemporâneo da saturação de imagens. ``Para Solon, a imagem é um mistério, razão pela qual precisamos ressuscitar seus aspectos mágicos e metafísicos``, diz.

Os fotogramas serão exibidos em suportes como back-lights (painel iluminado no verso), totens e projeções em vídeo. A abertura trará uma festa comandada pelo VJ argentino MLIVE (Matias Sebastian Pereyra), além de uma performance com três modelos que usarão vestidos criados pelos estilistas Sérgio Gurgel, Silvânia Meires e Themis Memória.

SERVIÇO

Quando o Cinema se Desfaz em Fotograma - Abertura da mostra hoje (20), às 19 h, no Centro Cultural Banco do Nordeste (rua Floriano Peixoto, 941). Visitação de terça a sábado, das 10h às 20h; e domingos, de 10h às 18h. Grátis. Info.: 3464 3108.

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